Terrorismo
Sinto-me triste, desolado
Com o homem meu semelhante
Ao vê-lo pelo ódio tomado
Seguir um caminho degradante
Será que Deus está vendo
O que acontece aos seus filhos:
Alguns que matam morrendo
E não fazem mais que sarilhos?
Que meta pretendem atingir
Aqueles que escolhem o terrorismo
E não pensam mais que ferir
Ou empurrar o Mundo para o abismo?
Porque razão em nome do Céus
Se faz o Inferno na Terra
E se invoca o nome de Deus
Para dar cobertura á guerra?
Quem nos livra das mentes depravadas
Que semeiam o terror e a morte
Sobre pessoas inocentes, descansadas
Que nada fizeram para tal sorte?
Haja respeito e consideração
Pelo homem e pela vida que é sagrada
E ninguém se julgue com razão
De a seu gosto a ver travada
Como pode alguém acreditar
Em homens que usam a riqueza
Para destruir, violar e matar
Enquanto a seu lado reina a pobreza?
Atentar de forma tão cruel
Contra a vida e o património
É obra dos filhos de Maquiavel
Ou daqueles que servem o demónio
Quem faz tamanha destruição
Não merece dó nem piedade
Mas sim cem anos de prisão
Para que nós tenhamos a liberdade
Não há fera que se possa comparar
Ao homem pelo que pensa e faz
Nenhuma mata apenas por matar
E de odiar, jamais será capaz
Que a ninguém assista o direito
De poder manipular as vontades
E usá-las em próprio proveito
Á custa de crime e de maldades
Os homens parecem estar a enlouquecer
Ao praticarem os crimes mais cruéis:
Mostram-se cansados de viver
Mas todos querem ser grandes e reis.
O homem precisa de compreender
Que não pode deixar liberto
Ainda que em local deserto
Aquele que o quer abater
Não ao fanatismo religioso
Á soberba ou á arrogância
Sim a um conviver amistoso
No entendimento e tolerância
A fé deve servir para unir
Porque há um só e único Deus
E não para afastar ou dividir
Fazendo de uns santos de outros réus.
Para a terra ser um paraíso
E a paz uma realidade permanente
Bastava que o homem tivesse juízo
E da verdade fosse crente
Teremos que considerar desumano
O homem que sob qualquer razão
Á vida dos outros faça dano
E dar-lhe a justa condenação.
O Mundo seria o átrio celestial
Se o homem á Natureza dissesse amen
E se o empenho com que faz o mal
O usasse em prol do bem
Um ultimo alerta deixo aqui
A todo o homem de bom coração:
Os filhos do demónio estão aí
Não vos deixeis cair na servidão!
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